Arq. Bras. Cardiol. 2024; 121(11): e20230863

Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível de ST e Terapia de Reperfusão no Brasil: Dados do Registro ACCEPT

Luiz Eduardo Fonteles Ritt ORCID logo , Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva ORCID logo , Eduardo Sahade Darzé, Renato Hideo Nakagawa Santos, Queila Borges de Oliveira, Otavio Berwanger, Luiz Alberto Piva e Mattos, Elizabete Silva dos Santos, Antonio Carlos Sobral Souza ORCID logo , Margaret Assad Cavalcante, Pedro Beraldo de Andrade ORCID logo , Fernando Carvalho Neuenschwander, Hugo Vargas Filho, Jorge Ilha Guimarães, Jadelson Pinheiro de Andrade, Angelo Amato Vincenzo de Paola, Marcus Vinícius Bolívar Malachias ORCID logo , Dalton Bertolim Précoma ORCID logo , Fernando Bacal, Oscar Pereira Dutra

DOI: 10.36660/abc.20230863

Este Artigo Original é referido pelo Minieditorial "O Estudo ACCEPT e o Manejo da Doença Isquêmica Miocárdica no Brasil: Desafios e Oportunidades em um País Continental".

RESUMO

Fundamento:

Há carência de informações nacionais em relação a terapias utilizadas e evolução nos pacientes com síndrome coronária aguda com elevação de ST (SCACEST).

Objetivos:

Avaliar as terapias baseadas em evidência, a ocorrência de desfechos, uso de reperfusão e preditores para não receber reperfusão nos pacientes com SCACEST em um registro nacional multicêntrico.

Métodos:

Pacientes com SCACEST do Registro ACCEPT com até 12 horas de sintomas foram seguidos por 1 ano para ocorrência de eventos cardiovasculares maiores. Um p < 0,05 foi aplicado para todas análises.

Resultados:

Na análise de 1.553 pacientes, a taxa de reperfusão foi de 76,8%, variando de 47,5% na região Norte a até 80,5% na região Sudeste. A taxa de eventos cardiovasculares maiores foi de 12,5% em 1 ano. A prescrição de terapias baseadas em evidência na admissão hospitalar foi de 65,6%. A presença de hipertensão (odds ratio [OR] 1,47; intervalo de confiança [IC] 95% 1,11 a 1,96; p < 0,01), infarto agudo do miocárdio prévio (OR 1,81; IC 95% 1,32 a 2,48; p < 0,001) e as regiões Norte (OR 4,65; IC 95% 2,87 a 7,52; p < 0,001), Centro-Oeste (OR 4,02 IC 95% 1,26 a 12,7; p < 0,05) e Nordeste (OR 1,70; IC 95% 1,17 a 2,46; p < 0,01) foram preditores independentes de não utilização de terapia de reperfusão.

Conclusões:

No seguimento de 1 ano do Registro ACCEPT podemos verificar uma ampla variação dentre as regiões no que tange a aderência às melhores práticas de cuidado. Ser atendido nas regiões Norte, Centro-Oeste ou Nordeste, ter hipertensão arterial sistêmica ou infarto prévio foram preditores independentes de não utilização de terapia de reperfusão.

Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível de ST e Terapia de Reperfusão no Brasil: Dados do Registro ACCEPT

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